As festas infantis estão cada vez mais sofisticadas, elaboradas e caras.
Hoje as crianças querem inúmeros itens, de pintura facial a pula-pula e apresentações teatrais em seus aniversários. Inevitavelmente, acabo reportando-me a minha infância, para uma comparação. E chego à conclusão de que não precisávamos de muito para sermos felizes!
Meus aniversários eram animados, divertidos. Meus pais caprichavam na festa que em geral, tinha quitutes no capricho, música e como convidados os amigos da escola, os primos e os vizinhos.
Lembro-me, também, dos aniversários de meus primos, Claudia e Dau, como eu amava! Antes de chegar eu já sabia que minha tia havia preparado muitas surpresas para os convidados, em especial para as crianças. Quase todo ano, ela contratava um grupo de Teatro de Bonecos chamado Giramundo. As crianças adoravam. No final da peça, o Giramundo boneco, virava gente de verdade e isso era fascinante! Eu acreditava naquela magia! E todas as crianças ficavam muito felizes!
Outra festa de aniversário que ‘bombava’ na minha infância era da minha amiga Mônica. A gente dançava, brincava e se divertia com o pai dela, tio ‘Silas’, pessoa ímpar. Levarei para sempre em minha memória, que o pai da Mônica brincava com todas as crianças da festa de ‘Barata voa? Pomba Voa?’
Em toda a minha vida, nunca mais vi um pai se dedicando, pessoalmente, a divertir as crianças de uma festa.
E as crianças ficavam felizes! Bastava o cachorro quente, o brigadeiro, a música e as brincadeiras. E vez ou outra, um paizão para se dedicar à diversão das crianças e tornar esses momentos eternos em nossos corações!