22 de julho de 2020

Refúgio na Pandemia 2020

Há instantes,

Reguei primaveras no jardim.

São movimentos e texturas,

Que me envolvem no retiro.

 Aprecio o balé das araras,

Numa lenta cadência

e despretensioso vagar.

Tem cheiro de manjericão no ar.

 

E o vento à espreita,

me encontra só,

como um resoluto esteta,

que contempla luas de quarto-crescente

com algodão doce na soleira.

 

E assim,

O caos se aquieta.

Em livros e poemas,

busco a companhia de palavras,

para atravessar o ciclo

e alcançar a revoada.

 (Na Pandemia, há Vida)

 

 














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