9 de dezembro de 2022

FLÓRIA BRITEZ DE EUGENIO

Mãe 

 

FLÓRIA BRITEZ DE EUGÊNIO

Natural de Ponta Porã, recebeu, “pós-mortem” o título de cidadã campo-grandense em agosto de 1998 e tem seu nome em rua de Campo Grande, no Bairro Vespasiano Martins.

Casada com Victor Cabreira de Eugênio, mãe de Greice, Telma Cristina Eugênio, Carmen Eugênio, Valéria Eugênio, Victor Eugênio Filho e Daniela Eugênio e avó de seis netos.

Em 1999, no centenário de Campo Grande, foi homenageada como uma das 100 mulheres pioneiras da capital, tendo sido a fundadora e primeira presidente da Associação dos Artistas Plásticos de Campo Grande.

Em 1980 coordenou o PRONAV municipal, foi tesoureira da Associação Cristã Feminina, membro do Conselho Benemérito da Maternidade Cândido Mariano, onde a sala de radiologia foi batizada com seu nome.

Artista Plástica, dinâmica e de muita iniciativa, exerceu com muita competência várias funções de liderança em instituições sociais, a maior parte delas de caráter filantrópico.

Foi diretora social do Lions Clube de Campo Grande e uma das poucas mulheres na condição de Companheira Leão.

Eleita presidente do Clube Feminino de Campo Grande em 1985, permaneceu nessa entidade até o final de sua vida, sendo reeleita a cada ano, em função de sua forte liderança e do trabalho assistencial de grande abrangência que realizou por todos esses anos, em benefício de crianças, gestantes e idosos.

Na área da infância, Flória Eugênio era muito conhecida em vários bairros de Campo Grande, destacando-se no bairro Moreninhas, onde desenvolveu um grande trabalho social. Por essa razão, o poder público denominou a Escola Infantil Municipal, localizada na Rua Barueri, 330, como “Flória Britez de Eugenio”.


(Extraído do Livro: “100 Mulheres Pioneiras em 100 anos de Campo Grande”) lançado pela BPW na ocasião do centenário da cidade.

 


 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nascimento: 18/08/1939

 

Falecimento em 25/05/1998

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


14 de outubro de 2022

33ª NOITE DA POESIA

Procurei legenda que estivesse
à altura dos convivas da imagem,
um letreiro ou qualquer coisa,
que indicasse no formato:
talentos de alta voltagem
reúnem-se para criação do fato.
É tanta alegria em extrato,
que poetas, atores e gestores,
nem precisariam de contrato.
Declamação, sonho, fantasia
e era apenas o ensaio,
da Noite da Poesia.
Mas fizemos nosso trato:
Daqui ninguém sai,
Sem o nosso porta-retrato!
(Carmen Eugenio)
A 33ª Noite da Poesia foi dia 29 de outubro de 2021, sexta-feira, 19h no Armazém Cultural! Uma realização da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Sectur e Uniao Brasileira de Escritores - MS. Tive a grata satisfação de participar na organização com essa equipe maravilhosa e apresentação





Carmen Eugenio com Sylvia Cesco, da UBE-MS




O GRUPO REVERBEL DE TEATRO

 E nos anos 90, em Campo Grande-MS, estreia o Grupo Reverbel de Teatro no Aracy Balabanian! A partir do meu projeto 'A Escola vai ao Teatro ', conseguimos o patrocínio da SED/ MS para cenários e figurinos, graças ao olhar de três educadoras que me conduziram e patrocinaram esse sonho: Júlia Marques (diretora da Escola Estatual Arlindo de Andrade Gomes, Leocádia Petry (Secretária de Estado de Educação e Prof Thiê Higushi Viegas. Um sonho e a vontade de uma arte-educadora e seus amados alunos da E.E. Arlindo de Andrade Gomes! O nome , em homenagem à Olga Reverbel, doutora universitária da UFRGS, que dedicou sua vida aos estudos sobre a importância e possibilidades do teatro na escola. E acreditem! Uma das minhas alunas, Marina Oliveira (canto direito foto), seguiu os passos de Olga e tornou-se mestre em Teatro na Universidade do Rio Grande do Sul! Muita emoção! Fomos premiados, caminhamos pelo estado levando a linguagem teatral a tantas escolas, fomos até onde não imaginávamos! Uma felicidade! 

Grupo Reverbel de Teatro! Um sonho coletivo que começou com uma arte-educadora recém formada e idealista e seus alunos, na Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes.Éramos uma família. Foram seis meses de ensaios e produção. Seis longos meses. Mas valeu a pena cada segundo.

Uma dessas fotos foi na casa dos meus pais. Os ensaios eram uma festa! A estréia do grupo foi com a adaptação (para uma hora) da peça, Vivaldino Servidor de dois Amos (Adaptação da Obra Arlequim, Servidor de dois Amos, do autor italiano Carlo Goldoni, com tradução de Millor Fernandes), da Comédia DellÁrte, com prêmio de melhor ator para Glauber Von Runkel.

Cada um seguiu seu caminho e o Grupo Reverbel, em homenagem à Olga Reverbel que escreveu diversos livros sobre Teatro na Escola, ficou em nossas memórias! 

E hoje, vendo-os com suas famílias e profissões, tenho orgulho de ter plantado uma semente de educação, alegria, do amor pela vida, pela cultura, pela disciplina para alcançarmos nossos objetivos!


Glauber Runkel, Marlon, Ticiane, Marina, Karina Esquivel, Anderson, Leonardo Calixto e Carmen Eugenio de franja no meio dos alunos (atores)

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12 de outubro de 2022

PROJETO CALÇADÃO CULTURAL em 2016

    Em 2016, deram-me a missão de criar um projeto para ser desenvolvido nas ruas de Campo Grande. Então, lembrei-me de diversas viagens a outras localidades, em que pude ter contato direto com a cultura nativa, nas esquinas e calçadas. 
Ver um mural artístico imenso, criado nas paredes do metrô em Barcelona, Espanha, me impactou profundamente. Encontrar com um pianista na calçada de Santiago, no Chile, me encantou. A capoeira, a música e a dança nas ruas de Salvador e Porto Seguro, Bahia; os malabares nas calçadas de Madri, Espanha; a “Mão” nas areias de Punta Del Leste, Uruguai, tudo me inspirava. 
    A arte estava além das paredes de um museu ou de um teatro. A arte estava nas ruas, perto das pessoas, impregnando-as com sua peculiar magia. Lembrei-me dos ensinamentos de Ana Mae Barbosa: “Não se conhece um país sem conhecer a sua história e a sua arte.” Escrevi o Projeto ‘Calçadão Cultural´ e juntamente com a equipe da Sectur, levamos diversos espetáculos e linguagens artísticas para a Rua Barão do Rio Branco durante um ano, e as apresentações aconteciam em frente ao Bar do Zé. Foi tudo muito incrível!








                                                       Carmen Eugenio e Edson Clair

                                       Carmen Eugenio - Coordenadora do Calçadão Cultural

    
                                                            Edson Clair, Emerson e o inesquecível Jair Damasceno.




 























 


 

19 de agosto de 2022

Título Cidadã Campo-Grandense

 Título de Cidadã Campo-Grandense

Sou nascida em Cuiabá e cheguei em Campo Grande em 1974, com minha família. Papai, Victor Eugenio, foi convidado para contribuir na expansão da Indústria e Comércio em nossa cidade, tornando-se Secretário Municipal dessa pasta por quase quatro décadas, alternando entre Prefeitura e Estado, sendo responsável por grandes projetos, entre eles a implantação do Núcleo Industrial e Ceasa. Nos anos 80, Campo Grande já capital, ele foi Chefe do Gabinete do prefeito e depois tornou-se vereador. Minha mãe, nessa época, foi Coordenadora do Pronav, (atual FAC), pois a nossa primeira dama Neide Dias, (mãe da Petita), estava com bebê recém-nascido, o saudoso Emerson Levi Dias. E assim eu cresci. Sendo testemunha do trabalho desses dois guerreiros incansáveis, pela cidade de Campo Grande. Papai, atuando na área das políticas públicas da Indústria e do Comércio e mamãe Flória, na área da Assistência Social. Eu os via somente à noite, em casa. E como meu pai viajou, para alavancar recursos para nossa região. Na verdade, tivemos o privilégio de verdadeiramente, conviver com papai, depois que ele se aposentou. Tamanho amor e dedicação ele dispensava às causas públicas.
Vi, como muitos amigos aqui, a cidade transformando-se, ao longo do tempo e então, comecei minha própria história e ingressei por concurso público para a Prefeitura de Campo Grande, em 1992, desenvolvendo dezenas de projetos na área cultural, buscando, assim como meus pais, contribuir para essa amada cidade.
Sinceramente, eu já me sentia campo-grandense. De fato.
Então, eu encontrei um irmão nessa estrada, que ouviu sobre meus projetos e sonhos para comunidades tradicionais em Campo Grande. Sim, a cultura de Campo Grande, foi tecida por migrantes e imigrantes que aqui chegaram, principalmente, a partir da instalação da ferrovia inaugurada em 1914. A mesma ferrovia em que, nos anos 60, meus pais se conheceram, a bordo do trem. E esse grande parceiro, detentor de um cargo político, abraçou inúmeras causas, projetos e comunidades, ganhando nossa imensa admiração: a minha e de tantas comunidades que chegaram até ele. Só para dar um exemplo, a Comunidade Quilombola de São João Batista, está em Campo Grande, com sua tradicional festa, há mais de cem anos e nunca esteve no Calendário Oficial da cidade. Mas a partir do trabalho do Otávio, ela foi reconhecida e acolhida.
No dia 25 de agosto, receberei das mãos desse irmão, desse amigo e parceiro de lutas, não apenas minhas, mas de todos, o Título de Cidadã Campo-Grandense. Imagino que seja um presente, para alguém que dedicou trinta anos de sua vida ao serviço público. Trinta anos de muito amor em tantas e tantas realizações.
Eu dedico esse Título, aos meus pais que me inspiraram, aos meus filhos que permitiram que sua mãe doasse sua vida à família, mas também e principalmente, ao trabalho exercido na Prefeitura Municipal de Campo Grande. Eu dedico esse honroso Título a todos os meus pares, meus amigos da Prefeitura de Campo Grande, servidores tão dedicados ao serviço público, que estiveram comigo nessa estrada.
E, finalmente, eu agradeço a Deus, por me conduzir até aqui e ao Vereador Otávio Trad, ser humano ímpar e parlamentar de excelência, por me conceder a honra de receber esse importante Título. Agora sim, campo-grandense de direito! A todos, meu muito obrigada!

(Salmos 16:11 - Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias.)







                                            Muito obrigada, nobre vereador, Otávio Trad!




26 de julho de 2022

APÓS 30 ANOS DEDICADOS AO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL E DEZENAS DE PROJETOS CULTURAIS DESENVOLVIDOS PARA A CAPITAL, CARMEN EUGENIO RECEBE O TÍTULO DE CIDADÃ CAMPO-GRANDENSE





Com um currículo construído em 30 anos na carreira do Serviço Público Municipal e dezenas de projetos culturais desenvolvidos para a capital, Carmen Eugenio receberá o Título de Cidadã Campo-Grandense, no dia 25 de agosto de 2022, em cerimônia oficial da Câmara Municipal, a partir da indicação do nobre vereador Otávio Trad. (DIOGRANDE nº 6.706) 
 Nascida em Cuiabá, é Bacharel em Direito (UCDB) e professora de artes (UFMS). Cursa Pós-
Graduação em Direito e Gestão Pública e atua nas áreas de Produção Cultural, Elaboração e
Parecer de Projetos, Comunicação, Cerimonial, palestras e Criação de Mídias Sociais.
Filha de Victor Eugenio e Flória Eugenio (in memorian), tem um casal de filhos, Shéfano e Stella. Seus irmãos, Victor Eugenio Filho, (também homenageado com o título de cidadão campo-grandense), Valéria, Daniela, Greice, Marco Napolitano Eugenio e Telma Cristina (in memorian).
Trabalha na Prefeitura de Campo Grande desde 1992, onde ingressou por concurso público.
Como gestora da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo - Sectur, já chefiou as divisões de
Literatura, Comunicação, Fomento, Cerimonial, Etnias sendo atualmente, Gerente de Políticas Públicas e Fundos Culturais, tendo idealizado, escrito e executado
inúmeros e relevantes projetos para a capital.  Em 2021, publicou
“Escartelate” livro de poesias e em 2022 e em 2023 publicará “Estrela do Ócio”, crônicas e poesias.
 É membro da Academia de Letras do Brasil-CG - cadeira n. 28, da União Brasileira de Escritores-MS e da Academia Luso-Brasileira de Artes e Poesia - cadeira n.23.
Pelo conjunto de seu trabalho, já recebeu as seguintes homenagens: “Medalha Cultura da Paz”
– outorgada pela Câmara Municipal de Campo Grande em 2019; Moções de Congratulações
pela publicação de seu primeiro livro "Escartelate"; e pela autoria do projeto "Encontro de
Etnias", outorgadas pelo ilustre parlamentar Otávio Trad; Moção de Congratulação pela sua
trajetória profissional pelo vereador Professor Riverton e Ronilço Guerreiro e Projeto"Mulheres Inspiradoras da Cidade Morena", da Escola Municipal Governador Harry Amorim
Costa, em 2020.



Câmara entregará título de Cidadão Campo-grandense a 89 pessoas neste ano




 

5 de abril de 2022

Valéria, minha amada irmã


 

Eu a admiro, pela guerreira que é,

não somente pela empresária de sucesso

que tornou-se, frente à Celebrare Viagens,

mas pela mãe amorosa do piloto Pedro Landi

e pelo ser humano que distribui palavras de encorajamento,

 a todos do seu convívio!

Valéria promove e engrandece pessoas!

Esse foi o legado dos nossos pais.

E ela compreendeu muito bem a lição.

Eu vejo nela, a competência, a determinação, a coragem

e a pressa em realizar os sonhos muito nítidos.

Valéria sabe dar valor a cada dia da sua preciosa existência.

Eu desejo bençãos infinitas em sua linda Vida,

muita saúde, sucesso, amor, alegrias infinitas!

Obrigada por ser minha companheira de jornada por toda a vida!

Obrigada por existir em minha vida e por se importar comigo, também !

Você é um ser único

e agradeço a Deus, todos os dias,

pelo privilégio de conviver com você. Eu te amo, Val!




Victor Eugenio, Carmen Eugenio, Valéria Eugenio



1 de abril de 2022

Ao Sthéfano, Meu Filho, Meu amor

Você chegou às vinte e três horas e

cinquenta e cinco minutos,

do dia quatro de outubro de 1992.

Eu já o aguardava, desde as dezenove horas,

quando você, de maneira insólita,

avisou que chegaria antes do combinado.

Um domingo em família, com a trivial pizza, conversas e risos.

Alguns meses antes, organizamos seu quarto,

e, sinceramente, colocamos muito amor em cada detalhe.

Me atualizei,

li tudo o que existia sobre o assunto,

que cercava tão notório acontecimento.

Sim, porque sua chegada, implicou em mudanças profundas

em minha vida.

O momento, trouxe-me a seguinte impressão: senti que minha existência, dividiu-se.
Eu não era mais apenas ‘eu’.
Havia me transformado em duas pessoas: eu e você.
O vi, como parte de mim.
Então, a partir do conhecimento da sua existência,
a minha própria existência,
multiplicou-se.
Ou dividiu-se. Não sei bem.
Matemática nunca foi meu forte.
Quando saímos de casa, para a maternidade, éramos dois.
Quando voltamos, com você nos braços, éramos três.

Naquele domingo, perto de meia-noite,

o doutor José Eduardo Silveira dos Santos, me perguntou,

com uma gentileza que só ele possui nesses momentos

que transformam, definitivamente, nossas vidas:

Você quer esperar mais cinco minutos?

Eu, então, respondi,

com a propriedade que meus vinte e poucos anos permitia:

Doutor, o Sthéfano pode vir, agora.

Ele nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço e

talvez, se esperássemos mais, seria complicado.

Benção de Deus, intuição de mãe, dia de São Francisco de Assis...

Mãe é assim. Toma posse absoluta, da fé necessária para blindar um filho.

Escolhi seu nome, estudando a numerologia para chegar ao número ‘Um’:

independência, autonomia e coragem para enfrentar desafios.

O que mais uma mãe pode querer para seu filho?

Uma mãe, quer tudo de bom para seu filho, mas acima de tudo, quer protegê-lo.

Também pensei em ajudá-lo nas provas orais da escola,

em que, os alunos com nomes que iniciam com a letra ‘S’,

ficam para o final.

Hoje, meu primogênito, um ser humano de qualidade ímpar,

que admiro como ninguém, está trabalhando, escolheu a engenharia civil como profissão e

está lutando pelo seu espaço, buscando honrar seu pai, sua mãe e toda sua ancestralidade.

Procuramos guiá-lo por princípios que

o deixem distante de dificuldades

e o fortaleçam para os momentos desafiadores.

E eu, continuo orando,

pedindo a Deus para protegê-lo, em todos os seus caminhos.

Eu o amo, com um amor que jamais pensei existir.

Eu o amo, incondicionalmente.

Obrigada meu filho, por existir em minha vida,

por  transformar-me em uma mãe

e por ensinar-me a amar,

infinitamente.