12 de setembro de 2024

P.S. Amor

Observo o jardim

onde espalhei muito de mim

e tudo que sabia do amor,

ainda assim...

Dor.

 

De um lado, cores e imensidões,

de outro, distância e devastação,

arremesso à margem da lembrança,

embate hostil sem perdão.

Solidão.

 

Mesmo percebendo os cantos,

embalo com ternura sua tez,

que me abandona à deriva

sem te ver outra vez.

Ocaso.

 

Nesse afã e contrariedades,

derramados ao caminhar,

procuro devaneios e cometas,

para te convencer devagar.

Sinais.

 

A maré mergulhou no rio,

para longe te arrastou.

Debruço no parapeito do tempo

onde estivemos sem notar o que restou.

Amor.




 

 

 

 

6 de setembro de 2024

AMOR PELA SUA ESSÊNCIA

 

Mesmo atravessando os dias,

essa luz não diminuiria.

Ainda que o sol se escondesse,

sua essência bastaria.

 

A leitura de sua alma,

abraça intenção.

O tempo não causa medo,

quando entendo seu coração.

 

Mil anos neste calendário senil                                

e sua alma eu reconheceria

em meio à cacofonia.

Pela sua essência, me renderia.

 

Cada letra e cada música

amplificam a compreensão.

Com sua essência eu falaria

 em meio à toda confusão.

 

Deixo trechos e vagos recados,

calibrando qualquer conexão,

mas os espelhos e códigos programados,

desabam na contramão.

 

Apenas sua essência brilharia,

diante do caos das incertezas.

Em seus dons e espiritualidade,

cintilam suas maiores belezas.

 

Não brigue, não relute, não odeie.

Há muita presença nessa ausência,

fluindo no matiz de cada música,

e no amor pela sua essência.