12 de setembro de 2024

P.S. Amor

Observo o jardim

onde espalhei muito de mim

e tudo que sabia do amor,

ainda assim...

Dor.

 

De um lado, cores e imensidões,

de outro, distância e devastação,

arremesso à margem da lembrança,

embate hostil sem perdão.

Solidão.

 

Mesmo percebendo os cantos,

embalo com ternura sua tez,

que me abandona à deriva

sem te ver outra vez.

Ocaso.

 

Nesse afã e contrariedades,

derramados ao caminhar,

procuro devaneios e cometas,

para te convencer devagar.

Sinais.

 

A maré mergulhou no rio,

para longe te arrastou.

Debruço no parapeito do tempo

onde estivemos sem notar o que restou.

Amor.




 

 

 

 

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