Ando sobre marés...
as águas levam o tempo
e o tempo muito me traz.
Algo, insistentemente,
querendo sobrevir à obliquidade
do meu pretenso auto-controle.
E por que não?
Surja,
rompa distâncias,
desafie hipóteses,
divirta-se volatizando retóricas
de alguma sensatez.
Se pensa, se aposta,
eu junto uns ´possíveis`
com vastos quereres
e dezenas de talvezes.
No espelho,
uma esfinge desnuda e atônita
espectadora do elo
com o fortuito surreal.