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9 de novembro de 2010

Teu Conforto

Quero que saibas
o quanto me és caro,
ainda que incompreendido.
Teu conforto me é imprescindível.
Tua suavidade desliza em meu ser,
Rende meus sentidos.


Nada de propósitos sexys,
Aparições performáticas
Ou flashes vulcânicos.
Quero apenas essa sutilidade
que é o encontrar de minha pele
com tua insistência macia.


Tua simplicidade
Rompe minhas complexidades
que, largadas nesse deleite,
às portas de modorra,
contrário a um delírio coletivo
de noites ‘calientes’ em tramas quentes.
Encontros noturnos, serenos, singelos.


Já quis te substituir.
Em vão.
Teus personagens,
Embalam meu repouso.
Atando-me a ti.
Não consigo te deixar
Porque sinto que já somos
Coexistentes.


Eu, o luar das noites,
O mistério dos silêncios
e tu,
meu amado e velho pijama.