Eu preciso falar da seca
Que dilacera os sonhos,
A vida da semente,
A água da nascente.
A seca contada por Graciliano,
que não só destrói o solo
mas torna árido o coração
de toda gente.
Vidas secas que se entrelaçam,
Se encontram na esperança
dos caminhos sem certezas.
No olhar de cada filho
de semblante desnutrido,
esparramado pelo tempo.
Tormento que arranca a água do chão
e põe escassez na alma, através do vento.