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19 de novembro de 2020

Embala e dá o Tom, Menina

 

Embala e dá o tom, menina,

O suspiro é do glacê,

O vestido evasê,

A saia godê,

O quarto rosé.

 

Escuta aquele som, menina,

Não chegues tarde,

Não faças alarde,

O sol arde,

Benze-te e te guardes.

 

Cadê o teu batom, menina?

Se for para tua felicidade

Domas a realidade,

Enfrenta com dignidade,

Conquista a faculdade.

 

Decifra o teu dom, menina,

Alcanças teu lugar,

Aprendas a te amar,

Queira te concentrar,

Vejas tua vida desabrochar.

 



 

 

 

 

 

26 de abril de 2010

ARTE EDUCAÇÃO - UMA EMOÇÃO !



Como as crianças ficam tão felizes na aula de Artes e como alguns adultos não entendem isso?
Como a Aula de Artes é necessária para contribuir com o desenvolvimento afetivo, cognitivo, emocional enfim, com várias vertentes da evolução psico-social de uma criança.
Acredito, que as crianças das Escolas Públicas Municipais de minha cidade, mereçam um espaço apropriado para as aulas de Artes.
Seria muito mais proveitoso para elas, pois, eu, como arte-educadora, não posso usar todo o meu potencial, porque outras aulas acontecerão após a minha no mesmo espaço físico, e não há tempo hábil para que a equipe de limpeza deixe tudo em ordem.
A cronologia me impede de, por exemplo,  dar aulas de modelagem em Argila, de papel maché, porque , como já ocorreu no passado, a confusão foi tanta, que tornou-se inviável.
Minha campanha é por uma sala separada para as Aulas de Artes !

21 de fevereiro de 2010

RESILIÊNCIA...JÁ OUVIR FALAR?

Eu estava na sala de espera da médica, pensando na falta de tempo, correria, contas para pagar, ligações para fazer, lista de supermercado, assuntos ligados ao trabalho...tantas coisas para resolver e tanto tempo perdido naquele lugar.
Resolvi prestar atenção nas outras pessoas que estavam ali. Havia duas senhoras. Uma delas disse estar preocupada com seu filho, que havia deixado na escola, com um princípio de virose.
Eu disse: fique tranqüila, ele ficará bem. Ela me respondeu: meu filho tem síndrome de down e é bipolar. Quando está meio resfriado fica muito agressivo.
E então ela me contou sua vida, a partir do nascimento do seu filho, há 12 anos. Quatro anos depois, quando nasceu sua filha, seu marido a abandonou. Ela disse-me que nas reuniões escolares, constatou que a maioria das mães de crianças especiais foram abandonadas pelos maridos. E que esses maridos, acabam esquecendo-se dos filhos também. ( Mas deveriam ser ex –maridos e não ex-pais, não é?... ).
Contou-me que o caso do seu filho é severo, impossível de, por exemplo, colocá-lo em uma escola com grau de aprendizagem normal, hoje chamado de ‘Inclusão Social’.
Além de precisar atender as necessidades prementes de seu filho, ainda precisou encaminhar sua filha menor para acompanhamento terapêutico, pois a mesma iniciou um processo de infantilização e retrocesso cognitivo devido aos excessos de cobranças.
E essa mãe, estava ali, na minha frente, esperando sua vez para verificar como estava sua própria saúde.
Segundo ROGERS (1983) quando somos ouvidos de modo empático e à medida em que somos aceitos e considerados, tendemos a desenvolver maior consideração em relação a nós mesmos, permitindo desta forma, que sejamos propiciadores mais eficientes de nosso próprio crescimento. Daí a importância de sabermos ouvir também! De alguma forma, naquela tarde chuvosa, ela precisava falar, aliviar seu coração e sua alma, e eu estava lá para ouvir aquele testemunho de Resiliência.
Resiliência é essa capacidade de vencer as dificuldades, os obstáculos, por mais fortes e traumáticos que sejam. Resiliência é a capacidade que temos de descobrir uma fortaleza dentro de nós mesmos.
É curioso como no decorrer de nossas vidas, somos obrigados a lidar com perdas irreparáveis que, aparentemente, nos desintegram emocional e psicologicamente. Sentimo-nos ‘sem chão’, num abismo. (Foi assim que me senti, quando perdi minha mãe há 12 anos... Pensei que fosse o meu ocaso também. Precisei reorgarnizar-me, flexibilizar minha existência, descobrir novas formas de entender a vida.)
Saí do consultório, acreditando que, verdadeiramente, meus problemas são praticamente inexistentes perto dos problemas daquela senhora e eu só tenho uma coisa a fazer: agradecer a Deus pelos milagres que cercam minha vida.