O olhar pelo outro diz muito sobre o ser humano.
O idoso com a visão comprometida
e seu o caminhar lento e pessoas com deficiência, têm muita dificuldade de
locomoção. Percebo o quanto essas pessoas são invisíveis para muita gente, sem compaixão
e algum respeito.
Qualquer obstáculo minúsculo tem
proporção muito maior para alguém com mobilidade reduzida. É muita dificuldade.
Observe nossas calçadas. Quantos
desafios até para quem não tem problemas. Para quem tem, fica quase impossível
transpor buracos, calçadas quebradas, elevadas em razão de raiz de árvores,
etc.
E quando estamos nas filas de
algum lugar público como supermercados, farmácias, padarias, bancos?
Faça um esforço em olhar mais
para as pessoas e suas necessidades. Olhe para os lados. Tenha compaixão pelo
próximo. Existem tantos problemas maiores que os nossos. Existe o outro.
Estive imobilizada durante um mês
em razão de um pequeno acidente e fiquei impressionada com a falta de respeito
das pessoas. Eu estava com o pé engessado, com muleta, andando com muita
dificuldade e a maioria das pessoas atravessava na minha frente sem nem olhar. Não
fiquei com pena de mim. Fiquei pensando nas pessoas que possuem dificuldades
permanentes, que esperam a mínima consideração dos outros. Que são
desrespeitadas durante toda a vida. Na farmácia uma mulher passou na minha
frente na fila e nos correios, as pessoas ignoraram meu problema. Inclusive os
funcionários. Em um mês, não vi ninguém com um olhar de comiseração.
Podemos distribuir atenção e
respeito, como forma de afeto e promover a inclusão a partir de um exercício
diário de amor ao próximo. Aliás, falando assim, parece que respeito é um
favor. Respeito é uma obrigação, existem leis. Mas esse respeito pelo próximo,
diz mais sobre nós. O ser humano que respeita o próximo, tem uma nobreza de
alma, uma beleza, uma dignidade.
A empatia é um presente diário
para o outro mas, principalmente, para nós mesmos.
Estamos aqui para evoluir.