28 de julho de 2021

BIOGRAFIA CARMEN EUGENIO

            Carmen Eugenio nasceu em Cuiabá, dia 6 de agosto. Filha de Victor Eugenio e Flória Britez Eugenio (in memorian), irmã de Marcos Francisco Napolitano de Eugênio, Greice Britez de Eugenio, Telma Cristina B. de Eugenio (in memorian), Valéria B. de Eugenio, Victor de Eugenio Filho e Daniela Britez de Eugenio. Mãe do Sthéfano Eugenio Ferro e Stella D'Eugenio.

Mestranda em Desenvolvimento Local, pela UCDB, Pós-Graduada em Direito e Gestão Pública, Executivo e Legislativo, pela faculdade Insted, bacharel em Direito, pela Universidade Católica Dom Bosco UCDB/ 1996 e graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS/1988.

Desenvolve ações nas áreas de Gestão e Produção Cultural, Elaboração e Parecer de Projetos, Comunicação e palestras. Foi diretora teatral e compositora, é poetisa e violonista desde os sete anos de idade.

 Sua trajetória profissional é exercida na Prefeitura de Campo Grande, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, onde ingressou por concurso público para os cargos de Gestora Cultural, em 1992 e em 2008 ingressou por concurso público para a Secretaria Municipal de Educação, como arte educadora.

Como gestora pública da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, já esteve à frente das divisões de Literatura, Comunicação, Fomento, Cerimonial e Etnias tendo escrito e realizado inúmeros projetos culturais para a cidade de Campo Grande e ocupou por três vezes a cadeira de Conselheira no Conselho Municipal de Políticas Culturais. Pelo conjunto de seu trabalho, já recebeu as seguintes homenagens:

“Medalha Cultura da Paz” – outorgada pela Câmara Municipal de Campo Grande em 2019; Moções de Congratulações pela publicação de seu primeiro livro "Escartelate" e pela autoria do projeto "Encontro de Etnias", outorgadas pelo ilustre amigo, confrade e parlamentar Otávio Trad; Moção de Congratulação pela sua trajetória profissional pelo amigo e vereador Professor Riverton. Escolhida como uma das "Mulheres Inspiradoras da Cidade Morena", pela EM Governador Harry Amorim Costa, em 2020.               Publicou seu primeiro livro de poesias "Escartelate", em 2021 e em 2023, lançou o livro de poemas e crônicas Estrela do Ócio.             Ocupa a cadeira de número 28 na Academia de Letras do Brasil-CG e cadeira de número 23 na Academia Luso-Brasileira de Artes e Poesias. Filiada à União Brasileira de Escritores - MS.

Em 25 de agosto de 2022, recebeu o Título de Cidadã Campo-Grandense, (decreto nº 2.806 de 12 de julho de 2022, publicado no diário oficial nº 6.706, de 14 de julho de 2022),por indicação do vereador Otávio Trad. Currículo completo no SMIIC - Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais, Agente Cultural nº1966.

Currículo Lattes

ORCID

Secretária de Cultura e Turismo apresenta nomes para compor a Comissão Gestora do FMIC-Fomteatro/2024

Conselheiros municipais de Cultura são empossados em Campo Grande

Conselheiros de Cultura são empossados em Campo Grande

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES MS

TÍTULO CIDADÃ CAMPO-GRANDENSE

“Escartelate – Poesia em Toda Esquina’’, primeiro livro de Carmen Eugenio

Escartelate

Escritora Carmem Eugenio realiza pré-lançamento de livro 'Escartelate, Poesia em Toda Esquina'https://www.acritica.net/editorias/cultura/carmem-eugenio-pre-lancamento-de-livro-escartelate-poesia-em-toda/511796/



























Prosa publicada no Jornal O Estado, pela magnífica escritora, minha Dinda Literária
 e Imortal da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Sylvia Cesco. 
(para ler na íntegra, é necessário fazer o download no computador)





























































 

 

 

4 de julho de 2021

Dialetos de Inverno

 

O inverno rompe de jeito intenso,

carinho cortês, notável e devasso,

dialeto secreto que excede limites,

calor velado e pulsante, sela o abraço.

 

Narrativas cerradas debruçam precisas,

Tingem minha face de rubro escarlate,

Transigem arroubos, enunciam a estética,

Despem olhares e idílio, como arremate.

 

Versos quentes despontam apressados,

Agasalham, sobejos, o frio da solidão.

Delírios absolutos, movem-se em fascínio,

Prescindem, categóricos, os que aqui estão.


20 de junho de 2021

A Moça Com Brinco de Pérola


 

A Moça Com Brinco de Pérola,

De olhar e mistério profundo,

Uma das obras Barrocas,

mais famosas do mundo.

 

Lápis lazúli em seu lenço,

Forma, sombra e luz,

Revelam seu drama cotidiano,

Contornos que a pintura traduz.

 

A obra encontra-se na Holanda

e Vermeer, assina a criação.

E assim, a arte permeia a história,

e os rumos estéticos de sua feição.



 


7 de junho de 2021

O Momento Ideal

 

O momento ideal

É o que se vive agora.

Sem expectativas extremas,

Sem certezas, sem demora.

 

Pelo melhor momento,

Não paralise seus dias,

Corra riscos calculados,

por fecundas alegrias.

 

Tenha coragem, vá em frente,

Mesmo rente à epiderme vil,

Lídima é a impermanência,

Na insensatez de rude ardil.



 

 

6 de junho de 2021

Letárgica Impressão

Não se assombre

com o porvir eivado,

tragando as horas

da graça, ao desbarrancado.

 

Não se iluda.

Tudo não passa de

Uma letárgica impressão

Oportunista e melancólica.

 

Somos humanos,

Somos falíveis,

Estamos evoluindo.

Somos incríveis.

 

Seja seu guia, o amor,

a flor que drena a dor,

o sol a resplandecer,

o canto do beija-flor,

o orvalho do alvorecer.





 


5 de junho de 2021

Ela, Macabéa

 

De simplicidade comovente,

Macabéa é o retrato

da miséria material,

e da miséria existencial,

implacável e insolente,

que nos arranca

de forma potente,

o insigne verniz social.

 

Macabéa,

em suas fragilidades,

escancarou os preconceitos,

e os signos da marginalidade,

pois carregava sobre si,

o desprezo da sociedade.

 

Na Rádio Relógio,

essa mulher invisível,

inspira sua mente

limitada e rizível.

Uma mulher,

Sem muitos cuidados,

ou qualquer vaidade

mas que trazia no rosto,

alguma suavidade.

 

A datilógrafa com seus sonhos

e tragédias de verdade,

incomodava por lembrar ao mundo,

suas próprias iniquidades.


Alimentava seu corpo

apenas com coca-cola,

e cachorro quente.

Viu definhar sua saúde,

acabou ficando doente.

 

E por andar assim,

desatenta e displicente

terminou por encontrar a morte,

que a fez estrela, tardia,

em dor pungente.







 

 

1 de junho de 2021

Jardim das Epifanias

 

Não escapes

o tempo inteiro,

e não insistas

nesse estranhamento débil,

por toda a vida.

Não há limite

para incoerência do enredo

sem sentido, 

onde o inesperado 

pode acontecer.

E, então, 

a revelação,

o extraordinário

jardim das epifanias.


No bailar lispectoriano,

inclusive o amor,

gravado em turbulência,

denota o perigo

de estar só, 

uma solidão inexorável.

 

Viver é gênero da opulência,

viver é bom.

Viver é um processo,

pode doer,

mas existe o prazer,

infinito e

intumescido,

pela sua intensidade

que transborda,

amiúde.


Para enxergar o belo

em um universo de

conveniências rasas,

existem os detalhes,

que prescindem ao contexto,

descobertos pela hermenêutica

de um fluxo de consciência.


É preciso ultrapassar o óbvio

das utilidades perversas

e inventar alguns paradoxos,

em que a vida não poderá sucumbir.



 

 

 

 

30 de maio de 2021

Está tudo bem

 

Um dia,

Você acorda

Com vontade de mudar o mundo.

Um dia,

Você acorda com vontade de consertar o mundo.

Um dia,

Você acorda com vontade de aceitar o mundo.

Um dia,

Você acorda e ama o mundo,

Do jeito que ele é.

E todo aquele sofrimento, acaba.

E então,

Você entende.

Você faz parte do mundo

E o mundo,

Está dentro de você.

Está tudo bem.




22 de maio de 2021

Liturgia do Cinzel

No refúgio da liturgia

Ora bronze, ora nada,

A vida traz desafio

e entalhe à jornada.

 

À revelia de cada dor,

Sem o lastro do esteio,

Em inócuo desvario,

o cinzel descerra o veio.

 

Pelas tramas soturnas,

Desprovidas do matiz,

Revela-se a simetria,

De um loquaz aprendiz.



 

 

 

 

 

 

 

17 de maio de 2021

Pôr-do-Sol em Barcelona

 

Essa é a melhor parte.

Pela taça de um Tempranillo,

apreciar pôr-do-sol da primavera.

Perder-se pelo tempo,

Á procura de conchas

cobertas pela areia.

 

O mar mediterrâneo,

não poderia

Conspirar da melhor forma,

Com aquelas notas audíveis,

vindas das ondas espumantes.

 

Risos clandestinos,

águas congelantes

E fitamos inebriados,

um dileto ocaso em Barcelona.

 


 

16 de maio de 2021

Mentiras

 

Mentiras

Existem

São óbvias

Repetem-se

Desafiam

Entristecem

Diminuem

Disfarçam

Afastam

Crescem

Insistem

Destroem

Terminam

Encerram. 



 

Benção da Natureza

A magenta me abraça

Com vagar, peremptória,

Na certeza de enlevar

minha alma

em doçura e prazer.

 

Se não fosse

esse contentamento e beleza,

não poderia congratular

minhas histórias,

na nítida, notória, inconteste,

benção da natureza.




 

15 de maio de 2021

Estrela do Ócio

Estaria, tal insígnia,

estrela do ócio,

que floresce, espalha e alenta,

vagueando docemente

pelos jardins em poesia.

 

Um sentimento ardente,

de expressão ávida

e toque cálido,

onde reside o calor,

de velada ousadia.

 

Seus registros,

impressos com certa polidez

em papel carbono,

acalentam os dias,

apesar do sopro,

constante e contumaz,

de um sereno frio de outono.