12 de outubro de 2022

PROJETO CALÇADÃO CULTURAL em 2016

    Em 2016, deram-me a missão de criar um projeto para ser desenvolvido nas ruas de Campo Grande. Então, lembrei-me de diversas viagens a outras localidades, em que pude ter contato direto com a cultura nativa, nas esquinas e calçadas. 
Ver um mural artístico imenso, criado nas paredes do metrô em Barcelona, Espanha, me impactou profundamente. Encontrar com um pianista na calçada de Santiago, no Chile, me encantou. A capoeira, a música e a dança nas ruas de Salvador e Porto Seguro, Bahia; os malabares nas calçadas de Madri, Espanha; a “Mão” nas areias de Punta Del Leste, Uruguai, tudo me inspirava. 
    A arte estava além das paredes de um museu ou de um teatro. A arte estava nas ruas, perto das pessoas, impregnando-as com sua peculiar magia. Lembrei-me dos ensinamentos de Ana Mae Barbosa: “Não se conhece um país sem conhecer a sua história e a sua arte.” Escrevi o Projeto ‘Calçadão Cultural´ e juntamente com a equipe da Sectur, levamos diversos espetáculos e linguagens artísticas para a Rua Barão do Rio Branco durante um ano, e as apresentações aconteciam em frente ao Bar do Zé. Foi tudo muito incrível!








                                                       Carmen Eugenio e Edson Clair

                                       Carmen Eugenio - Coordenadora do Calçadão Cultural

    
                                                            Edson Clair, Emerson e o inesquecível Jair Damasceno.




 























 


 

19 de agosto de 2022

Título Cidadã Campo-Grandense

 Título de Cidadã Campo-Grandense

Sou nascida em Cuiabá e cheguei em Campo Grande em 1974, com minha família. Papai, Victor Eugenio, foi convidado para contribuir na expansão da Indústria e Comércio em nossa cidade, tornando-se Secretário Municipal dessa pasta por quase quatro décadas, alternando entre Prefeitura e Estado, sendo responsável por grandes projetos, entre eles a implantação do Núcleo Industrial e Ceasa. Nos anos 80, Campo Grande já capital, ele foi Chefe do Gabinete do prefeito e depois tornou-se vereador. Minha mãe, nessa época, foi Coordenadora do Pronav, (atual FAC), pois a nossa primeira dama Neide Dias, (mãe da Petita), estava com bebê recém-nascido, o saudoso Emerson Levi Dias. E assim eu cresci. Sendo testemunha do trabalho desses dois guerreiros incansáveis, pela cidade de Campo Grande. Papai, atuando na área das políticas públicas da Indústria e do Comércio e mamãe Flória, na área da Assistência Social. Eu os via somente à noite, em casa. E como meu pai viajou, para alavancar recursos para nossa região. Na verdade, tivemos o privilégio de verdadeiramente, conviver com papai, depois que ele se aposentou. Tamanho amor e dedicação ele dispensava às causas públicas.
Vi, como muitos amigos aqui, a cidade transformando-se, ao longo do tempo e então, comecei minha própria história e ingressei por concurso público para a Prefeitura de Campo Grande, em 1992, desenvolvendo dezenas de projetos na área cultural, buscando, assim como meus pais, contribuir para essa amada cidade.
Sinceramente, eu já me sentia campo-grandense. De fato.
Então, eu encontrei um irmão nessa estrada, que ouviu sobre meus projetos e sonhos para comunidades tradicionais em Campo Grande. Sim, a cultura de Campo Grande, foi tecida por migrantes e imigrantes que aqui chegaram, principalmente, a partir da instalação da ferrovia inaugurada em 1914. A mesma ferrovia em que, nos anos 60, meus pais se conheceram, a bordo do trem. E esse grande parceiro, detentor de um cargo político, abraçou inúmeras causas, projetos e comunidades, ganhando nossa imensa admiração: a minha e de tantas comunidades que chegaram até ele. Só para dar um exemplo, a Comunidade Quilombola de São João Batista, está em Campo Grande, com sua tradicional festa, há mais de cem anos e nunca esteve no Calendário Oficial da cidade. Mas a partir do trabalho do Otávio, ela foi reconhecida e acolhida.
No dia 25 de agosto, receberei das mãos desse irmão, desse amigo e parceiro de lutas, não apenas minhas, mas de todos, o Título de Cidadã Campo-Grandense. Imagino que seja um presente, para alguém que dedicou trinta anos de sua vida ao serviço público. Trinta anos de muito amor em tantas e tantas realizações.
Eu dedico esse Título, aos meus pais que me inspiraram, aos meus filhos que permitiram que sua mãe doasse sua vida à família, mas também e principalmente, ao trabalho exercido na Prefeitura Municipal de Campo Grande. Eu dedico esse honroso Título a todos os meus pares, meus amigos da Prefeitura de Campo Grande, servidores tão dedicados ao serviço público, que estiveram comigo nessa estrada.
E, finalmente, eu agradeço a Deus, por me conduzir até aqui e ao Vereador Otávio Trad, ser humano ímpar e parlamentar de excelência, por me conceder a honra de receber esse importante Título. Agora sim, campo-grandense de direito! A todos, meu muito obrigada!

(Salmos 16:11 - Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias.)







                                            Muito obrigada, nobre vereador, Otávio Trad!




26 de julho de 2022

APÓS 30 ANOS DEDICADOS AO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL E DEZENAS DE PROJETOS CULTURAIS DESENVOLVIDOS PARA A CAPITAL, CARMEN EUGENIO RECEBE O TÍTULO DE CIDADÃ CAMPO-GRANDENSE





Com um currículo construído em 30 anos na carreira do Serviço Público Municipal e dezenas de projetos culturais desenvolvidos para a capital, Carmen Eugenio receberá o Título de Cidadã Campo-Grandense, no dia 25 de agosto de 2022, em cerimônia oficial da Câmara Municipal, a partir da indicação do nobre vereador Otávio Trad. (DIOGRANDE nº 6.706) 
 Nascida em Cuiabá, é Bacharel em Direito (UCDB) e professora de artes (UFMS). Cursa Pós-
Graduação em Direito e Gestão Pública e atua nas áreas de Produção Cultural, Elaboração e
Parecer de Projetos, Comunicação, Cerimonial, palestras e Criação de Mídias Sociais.
Filha de Victor Eugenio e Flória Eugenio (in memorian), tem um casal de filhos, Shéfano e Stella. Seus irmãos, Victor Eugenio Filho, (também homenageado com o título de cidadão campo-grandense), Valéria, Daniela, Greice, Marco Napolitano Eugenio e Telma Cristina (in memorian).
Trabalha na Prefeitura de Campo Grande desde 1992, onde ingressou por concurso público.
Como gestora da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo - Sectur, já chefiou as divisões de
Literatura, Comunicação, Fomento, Cerimonial, Etnias sendo atualmente, Gerente de Políticas Públicas e Fundos Culturais, tendo idealizado, escrito e executado
inúmeros e relevantes projetos para a capital.  Em 2021, publicou
“Escartelate” livro de poesias e em 2022 e em 2023 publicará “Estrela do Ócio”, crônicas e poesias.
 É membro da Academia de Letras do Brasil-CG - cadeira n. 28, da União Brasileira de Escritores-MS e da Academia Luso-Brasileira de Artes e Poesia - cadeira n.23.
Pelo conjunto de seu trabalho, já recebeu as seguintes homenagens: “Medalha Cultura da Paz”
– outorgada pela Câmara Municipal de Campo Grande em 2019; Moções de Congratulações
pela publicação de seu primeiro livro "Escartelate"; e pela autoria do projeto "Encontro de
Etnias", outorgadas pelo ilustre parlamentar Otávio Trad; Moção de Congratulação pela sua
trajetória profissional pelo vereador Professor Riverton e Ronilço Guerreiro e Projeto"Mulheres Inspiradoras da Cidade Morena", da Escola Municipal Governador Harry Amorim
Costa, em 2020.



Câmara entregará título de Cidadão Campo-grandense a 89 pessoas neste ano




 

5 de abril de 2022

Valéria, minha amada irmã


 

Eu a admiro, pela guerreira que é,

não somente pela empresária de sucesso

que tornou-se, frente à Celebrare Viagens,

mas pela mãe amorosa do piloto Pedro Landi

e pelo ser humano que distribui palavras de encorajamento,

 a todos do seu convívio!

Valéria promove e engrandece pessoas!

Esse foi o legado dos nossos pais.

E ela compreendeu muito bem a lição.

Eu vejo nela, a competência, a determinação, a coragem

e a pressa em realizar os sonhos muito nítidos.

Valéria sabe dar valor a cada dia da sua preciosa existência.

Eu desejo bençãos infinitas em sua linda Vida,

muita saúde, sucesso, amor, alegrias infinitas!

Obrigada por ser minha companheira de jornada por toda a vida!

Obrigada por existir em minha vida e por se importar comigo, também !

Você é um ser único

e agradeço a Deus, todos os dias,

pelo privilégio de conviver com você. Eu te amo, Val!




Victor Eugenio, Carmen Eugenio, Valéria Eugenio



1 de abril de 2022

Ao Sthéfano, Meu Filho, Meu amor

Você chegou às vinte e três horas e

cinquenta e cinco minutos,

do dia quatro de outubro de 1992.

Eu já o aguardava, desde as dezenove horas,

quando você, de maneira insólita,

avisou que chegaria antes do combinado.

Um domingo em família, com a trivial pizza, conversas e risos.

Alguns meses antes, organizamos seu quarto,

e, sinceramente, colocamos muito amor em cada detalhe.

Me atualizei,

li tudo o que existia sobre o assunto,

que cercava tão notório acontecimento.

Sim, porque sua chegada, implicou em mudanças profundas

em minha vida.

O momento, trouxe-me a seguinte impressão: senti que minha existência, dividiu-se.
Eu não era mais apenas ‘eu’.
Havia me transformado em duas pessoas: eu e você.
O vi, como parte de mim.
Então, a partir do conhecimento da sua existência,
a minha própria existência,
multiplicou-se.
Ou dividiu-se. Não sei bem.
Matemática nunca foi meu forte.
Quando saímos de casa, para a maternidade, éramos dois.
Quando voltamos, com você nos braços, éramos três.

Naquele domingo, perto de meia-noite,

o doutor José Eduardo Silveira dos Santos, me perguntou,

com uma gentileza que só ele possui nesses momentos

que transformam, definitivamente, nossas vidas:

Você quer esperar mais cinco minutos?

Eu, então, respondi,

com a propriedade que meus vinte e poucos anos permitia:

Doutor, o Sthéfano pode vir, agora.

Ele nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço e

talvez, se esperássemos mais, seria complicado.

Benção de Deus, intuição de mãe, dia de São Francisco de Assis...

Mãe é assim. Toma posse absoluta, da fé necessária para blindar um filho.

Escolhi seu nome, estudando a numerologia para chegar ao número ‘Um’:

independência, autonomia e coragem para enfrentar desafios.

O que mais uma mãe pode querer para seu filho?

Uma mãe, quer tudo de bom para seu filho, mas acima de tudo, quer protegê-lo.

Também pensei em ajudá-lo nas provas orais da escola,

em que, os alunos com nomes que iniciam com a letra ‘S’,

ficam para o final.

Hoje, meu primogênito, um ser humano de qualidade ímpar,

que admiro como ninguém, está trabalhando, escolheu a engenharia civil como profissão e

está lutando pelo seu espaço, buscando honrar seu pai, sua mãe e toda sua ancestralidade.

Procuramos guiá-lo por princípios que

o deixem distante de dificuldades

e o fortaleçam para os momentos desafiadores.

E eu, continuo orando,

pedindo a Deus para protegê-lo, em todos os seus caminhos.

Eu o amo, com um amor que jamais pensei existir.

Eu o amo, incondicionalmente.

Obrigada meu filho, por existir em minha vida,

por  transformar-me em uma mãe

e por ensinar-me a amar,

infinitamente.

















 

 

 

 

 

 

 

 

 

31 de março de 2022

A Vida

 

A vida,

tal qual dança caudalosa de ciclos,

expande memórias,

e reverencia minha ancestralidade,

num resgate semiótico,

de cada história.

 

Esperei por vezes,

gratas surpresas,

agasalhadas em celofane

e trançadas em horizontes.

 

Já abreviei caminhos,

já estilhacei apreços,

por acreditar na proximidade,

de milagres e recomeços.

 

Eu não estive só,

mas bebi,

rouca e inerte,

no cálice da solidão.

 

Sigo, por vezes, calada,

adornada de loquaz verniz.

Alternando períodos,

Simples ou compostos,

Vibrando, sempre,

a emoção de uma aprendiz.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25 de março de 2022

A Tia Malê

 A Tia Malê

Muitas férias, passamos no apartamento dos meus avós, na Vila Mariana em São Paulo, onde moravam, desde 1973, meus tios Lourenço, Luís, Malê e meus avós paternos, Carmen e Aníbal.
O lugar era mágico.
A tia Malê, gentilmente, acomodava eu e a Valéria no seu quarto.
Minha tia saía para trabalhar na Themag, lindíssima, desfilando plena com sapatos e sandálias de plataformas e saltos altos. Na verdade, eu os via sempre no superlativo: altíssimos.
Malê, é seu apelido. Seu nome é Maria Helena.
Vovó ficava com a gente e fazia comidas irresistíveis. Em dia de Natal ela fazia Escartelates e os banhava com mel. Uma verdadeira Chef da Gastronomia Italiana, constatei muitos anos depois.
Lá eu descobri a música popular brasileira, no final dos anos 70. Meus tios tinham uma coleção de discos de vinil , um aparelho de som “moderno” e eu passava o dia ouvindo Gal Costa, Caetano, Maria Bethânia, Simone e tantos outros. Esse cenário, me impactou profundamente e delineou as nuances da minha apreciação pela arte. Tio Lourenço, um cara do bem, espirituoso e o tio Luís me treinou para cantar a música “A Volta do Boêmio”, quando eu tinha apenas oito anos e em dia de festa, ele pedia para eu cantar para seus amigos, uma espécie de “atração cultural mirim”. Tio Luís era alegria em pessoa, mas nos deixou precocemente.
No quarto da minha tia, havia uma penteadeira, onde eu ficava horas e horas, explorando as cores fascinantes dos seus batons e blushes. Naquele lugar incrível, eu passava rímel nos cílios e modelava-os com curvex, um acessório que conheci ali. A paleta de sombras, era tão atraente, que eu passava uma cor por dia nos olhos. Eu lavava os cabelos quase todos os dias, só para usar o secador e as escovas modeladoras, uma novidade para mim. Depois que eu estava pronta, maquiada e com os sapatos de saltos altos da Tia Malê, meu pai dizia para eu lavar todo o rosto e tirar aquela maquiagem, porque eu era, apenas, uma criança de 8 anos. Sério mesmo? Mas no dia seguinte, começava tudo outra vez!
Aquela penteadeira, para mim, era um parque de diversões. Não precisava de mais nada, tantas eram as possibilidades.
Aos finais de semana, minha tia levava todos os sobrinhos, uns cinco ou seis na época, Roberto, Andréia, Cláudia, Valéria, eu e Eduardo, ao cinema, ao parque Ibirapuera, com suas infinitas belezas naturais e atividades culturais e a espetáculos de teatro. E com ela conheci, aos 9 anos, a obra de Maria Clara Machado.
A casa da vovó, é uma das minhas melhores memórias afetivas!
Minha tia era nossa musa inspiradora. Nos apresentou a moda, a música, o cinema, o teatro, a literatura e o entretenimento!
E continua nos inspirando com sua energia e alegria contagiante. Este ano, serão os festejos pelos seus setenta anos e estamos nos preparando para esse grande acontecimento. Ela mora em Capão Bonito e claro, é a miss da terceira idade e participa de inúmeros eventos.
Tia Malê, gratidão por tudo que me apresentou de bom nessa vida, por todo carinho que você sempre dispensou para nós, seus sobrinhos. Eu a amo. Eternamente



7 de março de 2022

Dia da Mulher

 Mulher,

tão plena, move o mundo,
é viagem pelo horizonte.
É vento, é mar e zelo profundo,
por ser terra, mãe e instante.

(Carmen Eugenio)


8 de março Dia da Mulher!
Carmen Eugenio






5 de dezembro de 2021

Tudo outra vez no Verão

 

O verão chega no fulgor da manhã,

assaz sorridente por janelas envidraçadas.

Um calor de dezembro e abraços fraternos,

se estendem nas horas de tardes molhadas.

 

Os poros se abrem entre sorrisos,

suores perdidos em toque ardente,

o ardor de um sopro que tanto inspira,

a consciência desperta, de um clamor latente.

 

Tudo outra vez no verão,

sem insistir nos mesmos pecados.

O solstício prediz movimentos de luz,

e o sabor de manga, traz sublimes recados.



 

 

4 de dezembro de 2021

Por Toda a Vida

 

Comemoramos novos ciclos e recomeços.

Relembramos juntas, memórias e despedidas.

Razões para celebrar a vida, os encontros,

amizades da infância, alegrias sem medida.

 

Tiramos afagos das nossas histórias,

Colhemos expressões de poesias,

Alguns silêncios surgiram serenos,

Momentos necessários em nossos dias.

 

Palavras sinceras cortavam a noite,

notas de vinho brindavam o presente.

E o tilintar das taças, pulsando gentis,

Anunciavam com graça: Enfim, a gente!



 

 

 


17 de novembro de 2021

Estelar

  

Escrever, é o melhor das minhas horas.

Gentileza que impulsiona profunda devoção,

de vida e entrega, de outorga e ofício,

onde reverencio frases e terna expressão.

 

Observo o fluxo, procuro a vibração da energia.

Um pórtico audaz, anestesia fragmentos de luz,

antecipando eventos, intensos e calorosos,

alinhados à verdade de uma primavera que seduz.

 

Não ouso interpretar tal sacerdócio,

Onde o êxtase consagra-se transcendente.

Sinto a alma florescer sã, lunar, estelar,

solto, então, palavras que pulsam no presente.

 

E assim, sigo, quase que movida por instinto,

e me entrego à prática da licença poética,

como uma cerimônia, juramentada e avassaladora,

que me leva a criar versos e poemas sem métrica.

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

29 de outubro de 2021

VIDAS SECAS

 

Eu preciso falar da seca

Que dilacera os sonhos,

A vida da semente,

A água da nascente.

A seca contada por Graciliano,

que não só destrói o solo

mas torna árido o coração de toda gente.

 

Vidas secas que se entrelaçam,

Se encontram na esperança

dos caminhos sem certezas.

No olhar de cada filho

de semblante desnutrido,

esparramado pelo tempo.

Tormento que arranca a água do chão

e põe escassez na alma, através do vento.