Título de Cidadã Campo-Grandense
Sou nascida em Cuiabá e cheguei em Campo Grande em 1974, com minha família. Papai, Victor Eugenio, foi convidado para contribuir na expansão da Indústria e Comércio em nossa cidade, tornando-se Secretário Municipal dessa pasta por quase quatro décadas, alternando entre Prefeitura e Estado, sendo responsável por grandes projetos, entre eles a implantação do Núcleo Industrial e Ceasa. Nos anos 80, Campo Grande já capital, ele foi Chefe do
Gabinete do prefeito e depois tornou-se vereador. Minha mãe, nessa época, foi Coordenadora do Pronav, (atual FAC), pois a nossa primeira dama Neide Dias, (mãe da Petita), estava com bebê recém-nascido, o saudoso Emerson Levi Dias. E assim eu cresci. Sendo testemunha do trabalho desses dois guerreiros incansáveis, pela cidade de Campo Grande. Papai, atuando na área das políticas públicas da Indústria e do Comércio e mamãe Flória, na área da Assistência Social. Eu os via somente à noite, em casa. E como meu pai viajou, para alavancar recursos para nossa região. Na verdade, tivemos o privilégio de verdadeiramente, conviver com papai, depois que ele se aposentou. Tamanho amor e dedicação ele dispensava às causas públicas.
Vi, como muitos amigos aqui, a cidade transformando-se, ao longo do tempo e então, comecei minha própria história e ingressei por concurso público para a Prefeitura de Campo Grande, em 1992, desenvolvendo dezenas de projetos na área cultural, buscando, assim como meus pais, contribuir para essa amada cidade.
Sinceramente, eu já me sentia campo-grandense. De fato.
Então, eu encontrei um irmão nessa estrada, que ouviu sobre meus projetos e sonhos para comunidades tradicionais em Campo Grande. Sim, a cultura de Campo Grande, foi tecida por migrantes e imigrantes que aqui chegaram, principalmente, a partir da instalação da ferrovia inaugurada em 1914. A mesma ferrovia em que, nos anos 60, meus pais se conheceram, a bordo do trem. E esse grande parceiro, detentor de um cargo político, abraçou inúmeras causas, projetos e comunidades, ganhando nossa imensa admiração: a minha e de tantas comunidades que chegaram até ele. Só para dar um exemplo, a Comunidade Quilombola de São João Batista, está em Campo Grande, com sua tradicional festa, há mais de cem anos e nunca esteve no Calendário Oficial da cidade. Mas a partir do trabalho do Otávio, ela foi reconhecida e acolhida.
No dia 25 de agosto, receberei das mãos desse irmão, desse amigo e parceiro de lutas, não apenas minhas, mas de todos, o Título de Cidadã Campo-Grandense. Imagino que seja um presente, para alguém que dedicou trinta anos de sua vida ao serviço público. Trinta anos de muito amor em tantas e tantas realizações.
Eu dedico esse Título, aos meus pais que me inspiraram, aos meus filhos que permitiram que sua mãe doasse sua vida à família, mas também e principalmente, ao trabalho exercido na Prefeitura Municipal de Campo Grande. Eu dedico esse honroso Título a todos os meus pares, meus amigos da Prefeitura de Campo Grande, servidores tão dedicados ao serviço público, que estiveram comigo nessa estrada.
E, finalmente, eu agradeço a Deus, por me conduzir até aqui e ao Vereador Otávio Trad, ser humano ímpar e parlamentar de excelência, por me conceder a honra de receber esse importante Título. Agora sim, campo-grandense de direito! A todos, meu muito obrigada!
(Salmos 16:11 - Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias.)
Muito obrigada, nobre vereador, Otávio Trad!